Vencer é maior do que ganhar

Peço desculpas pela imagem. Hesitei se deveria postá-la. No entanto, ela se fez necessária para aquilo que eu gostaria de passar nesse pequeno texto. De um lado, uma foto de uma cirurgia semelhante a que fiz (reinserção de isquiotibiais) e, do outro lado, eu embarcando para São Paulo com meu filho primogênito (Leozinho) e com o querido mestre Juquinha. Lá, em Barueri, eu disputarei o Sul-Americano de Jiu-Jitsu. Foi nessa mesma cidade e no mesmo ginásio, disputando o Brasileiro de Jiu-Jitsu, que eu tive essa grave lesão. De lá para cá, fui operado na urgência, fiz uma fisioterapia intensa e dolorosa e retornei aos tatames antes do tempo. A previsão é de que eu retornaria aos treinos de forma leve nesse mês de novembro. Mas, logo no dia seguinte da minha cirurgia, eu disse ao meu amigo cirurgião (Marcelo Corvino), ao meu amigo fisioterapeuta (Felipinho) e à minha amada família que eu voltaria a competir ainda nesse ano. Retornei aos tatames 2 meses e meio antes do previsto e, nesse final de semana, pisarei nas mesmas áreas de luta onde me lesionei. Lá, deixarei tudo. Lá, lutarei ao extremo. Lá, serei feliz. Talvez ganhe, talvez não. Mas, do fundo do meu coração, eu entendo que já venci. Vencer é mais do que ganhar. Vencer é não desistir. Vencer é não ter medo de se jogar na vida. Vencer é não ter medo de perder e, a despeito disso, continuar tentando. Vencer é sonhar. Vencer é querer viver. Vencer é compartilhar história e se permitir amar. Vencer é se propor a desafiar as dificuldades que a vida nos impõe. Que Deus me abençoe. Que seja um belo campeonato, ganhando ou não, mas aviso de antemão: se derem sopa, eu vou ganhar!

Régis Barros