Aprendi com o amigo e professor Anderson, faixa preta de Jiu Jitsu e de Luta Livre Esportiva, que o princípio fundamental da luta marcial é o ato de resistir. Explico. Numa luta acirrada, ora poderemos estar em uma situação vantajosa, ora poderemos estar numa situação bem desconfortável. E, para sobreviver à luta e reverter essa situação complicada, precisaremos resistir. E, com isso, faço uma menção e uma analogia – para lidar com a vida é preciso resistir. Não há outro caminho. Por mais que a vida nos oferte frutos a serem colhidos, haverá incontáveis momentos desconfortáveis. E o que nos restará? A resposta é simples: resistir. A vida é isso. Essa espiral em que as situações desconfortáveis se sucedem. Então, o resistir é mais do que necessário. Resistir é um determinante. Resistir aos revezes da vida, que são diversos, é um dever a priori. Ultrapassar a pressão, que costuma nos açoitar, é basilar. Encarar o sufoco, que nos deixa sem rumo, significa manter o existir. Punhos cerrados, guarda fechada, lutar pelas esgrimas nas jornadas que a vida oferece e, por fim, lutar. Encarar as pancadas da vida por mais que elas sejam potentes. Olhar para os oponentes da nossa vida e não os temer a despeito deles serem mal encarados. Às vezes, ganharemos e, outras vezes, perderemos. Viver é esse in fight. Não haverá problemas em perder desde que não temamos a peleja. O que não devemos é nos esquivar. O que não devemos é desistir. Então, prezado leitor, seja você um competidor da vida ou dos tatames, lembre-se de uma coisa: resista! Logo, não se entregue. Lute. Não tema. Acredite em você. Avante…
(*) lutando e resistindo a um arm lock encaixado do professor e amigo Anderson
Régis Barros